Acne vulgar: CRAVOS E ESPINHAS
CRAVOS E ESPINHAS: Acne vulgar
ANA LÚCIA VAZ*
* Interna de Medicina Geral e Familiar Centro de Saúde da Batalha – Extensão Rainha D. Amélia, Porto.
Pertinência do tema: O atraso na procura de ajuda médica para o tratamento do acne pode levar ao desenvolvimento de cicatrizes tanto a nível cutâneo como a nível psico social. As lesões inflamatórias são dolorosas e os episódios de exarcebação do acne podem provocar uma baixa auto estima, perda de autoconfiança, isolamento social e mesmo depressão.
Objectivo: Apresentar uma revisão atualizada e sistematizada sobre o acne e o seu tratamento, numa perspectiva direccionada para os especialistas de Medicina
Geral e Familiar.
Metodologia: Realizou-se uma pesquisa de artigos publicados na base de dados Medline, na língua inglesa, usando os «MeSH terms»: «acne», «treatment»,
«human», e uma pesquisa no Index de Revistas Médicas Portuguesas, bem como a consulta de manuais e publicações periódicas de referência nesta área.
Corpo da Revisão: São abordadas a definição de acne, seu enquadramento epidemiológico, sua fisiopatologia e classificação do tipo de lesões. Apresentam se os fármacos tópicos e sistémicos usados para o seu tratamento, bem como propostas terapêuticas de acordo com o tipo e gravidade das lesões.
Conclusões: Existe hoje uma grande variedade de terapêuticas que permitem tratar de forma eficaz a maioria dos tipos de acne, proporcionando benefícios não só de ordem física, mas também psicológica.
Há dois princípios a ter em conta em qualquer tratamento do acne. O primeiro é iniciar o tratamento o mais cedo possível, afim de reduzir o número de cicatrizes.
O outro é que, após a conclusão de qualquer tratamento, os fármacos tópicos deverão continuar a ser utilizados por um período mínimo de seis a 12 meses.
É importante ter presente que a par de todos os recursos farmacológicos disponíveis, um tratamento bem sucedido fundamenta-se na educação do doente e na promoção da sua adesão à terapêutica.
acne é uma doença extremamente comum que geralmente tem início na puberdade. Torna-se menos evidente no final da adolescência. Segundo dados americanos o acne afeta 80-85% dos indivíduos com idades compreendidas entre os 12 e os 25 anos, caindo este número para 8% nos indivíduos entre os 25 e os 34 anos, e para 3% entre os 35 e os 44 anos1. Atinge ambos os sexos, sendo geralmente mais grave nos homens mas mais persistente nas mulheres2,3.
Apresenta uma menor incidência em asiáticos e negros2. Por ser considerado um processo normal do desenvolvimento, há um atraso na procura de ajuda médica que pode levar ao desenvolvimento de cicatrizes tanto a nível cutâneo como a nível psico-social. As lesões inflamatórias são dolorosas e os episódios de exarcebação do acne podem provocar uma baixa auto- estima, perda de auto confiança, isolamento social e mesmo depressão1,4.
Por estas razões é muito importante a instituição de um tratamento adequado e precoce para acne espinhas e cravos, que reduza a frequência e gravidade das exarcebações, bem como o número de cicatrizes.
Este trabalho pretende apresentar uma revisão atualizada e sistematizada sobre o acne e o seu tratamento, numa perspectiva direcionada para os especialistas de Medicina Geral e Familiar.
Fonte: Rev Port Clin Geral 2003;19:561-70
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