DIETA E ACNE: EVIDÊNCIAS RECENTES DIETA CONTRA CRAVOS E ESPINHAS
DIETA E ACNE: EVIDÊNCIAS RECENTES
A acne é uma doença da pele comum, crônica e auto limitada que causa morbidades físicas e psicológicas em até 90% dos adolescentes e adultos1. Apesar de afetar todas as idades, ela tem seu pico de acometimento entre os 16 e 18 anos, com uma prevalência variando de 75 a 98%2. Já bem documentado na literatura, o aumento na produção de sebo pelas glândulas sebáceas tem papel fundamental no desenvolvimento da acne. O sebo humano é composto de 40 a 60% de triglicerídeos, sendo esta fração responsável pelo desenvolvimento da acne3.
Visto que alguns lipídios chegam a serem captados pelas glândulas sebáceas na forma intacta, a idéia de que a relação entre acne e fatores dietéticos não apresentam nenhum fundamento científico, que até pouco tempo atrás era transmitida por muitos profissionais convencionais, vem caindo em desuso.
Trabalhos recentemente publicados sugerem que a dieta oferece importantes fontes
de substratos para a síntese do lipídio sebáceo, por exemplo, quando há consumo excessivo de gorduras.
Muito mais recente ainda, surgem evidências de que alimentos com baixos valores de índice glicêmico (IG) podem afetar a produção do sebo baseado nos benefícios hormonais deste tipo de dieta4.
Em um estudo conduzido por Smith e col5 com 32 homens entre 15 e 25 anos, investigaram-se os efeitos de uma dieta com baixo teor de IG no aparecimento das ESPINHAS E CRAVOS.
Tanto o grupo controle, com o grupo intervenção, recebeu orientações dietéticas, contudo o grupo intervenção foi orientado a optar por alimentos de IG reduzido. Ao final de 12 semanas, foi contatado um decréscimo em 59% das ESPINHAS E CRAVOS no grupo intervenção versus 39% do grupo controle. O mecanismo exato pelo qual isto ocorre ainda permanece não esclare cido totalmente, mas postula-se que este tipo de dieta possa afetar a produção folicular de sebo bem como a sua composição.
Além disso, há pesquisas que também correlacionam o aparecimento da acne com o consumo de leites. Adebamowo et al6, por exemplo, realizou um estudo de coorte observacional e prospectivo com 4.273 jovens do sexo masculino, onde foi analisado o consumo alimentar em 3 ocasiões distintas durante 3 anos, e ao final , a presença de acnes, 1 anos após a ultima análise da dieta, época quando este s meninos já estavam na adolescência.
Neste estudo, foi observada uma associação positiva entre o consumo de leites desnatados com o surgimento de acnes, o que levou a discussão que estes leites podem contêm constituintes ou fatores hormonais endógenos em quantidade suficiente para causar efeitos biológicos nos consumidores. Contudo, este estudo tem como limitação o fato de que a quantificação da acne, ESPINHAS E CRAVOS foi feita de maneira informativa pelos participantes.
Enfim, a acne é um assunto de grande preocupação para quem as têm e questões sobre o assunto são rotineiramente abordadas no cotidiano da prática clínica. Apesar de os resultados ainda serem incertos e haver a necessidade de mais estudos na área, os profissionais devem estar sempre atentos aos recentes avanços no tratamento e prevenção, de maneira a aperfeiçoar a conduta proposta.
Fonte; Nutr. Flávia De Conti Nutrociência Assessoria em Nutrologia
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