DICAS DE SAÚDE GRÁTIS: Hormônios sob controle
Hormônios sob controle
Não importa se eles são fabricados por glândulas, neurônios ou órgãos. Em comum, essas substâncias regularizam inúmeras funções no metabolismo e, quando alteradas, podem colocar o corpo de cabeça para baixo. Um motivo e tanto para homens e mulheres monitorem suas taxas de perto!
HORMÔNIOS MASCULINO
Melatonina
È produzida pela glândula pineal, no cérebro, e tem a tarefa de regular nosso “relógio biológico” e o ciclo do sono. Funciona mais o menos assim: a partir dos dados recebidos do ambiente, a substância determina como a saciedade, o humor, a respiração, os batimentos cardíacos e as demais funções corporais devem se comportar durante o dia e à noite. Nos homens, há fortes indícios de que a melatonina pode influenciar na calvície.
Testosterona
É o principal hormônio masculino, sendo produzido nos testículos. Sua presença é fundamental para que o homem desenvolva voz grossa, pelos, aumento de massa muscular, produção de espermatozóide e libido. O hormônio, contudo, cai gradativamente após os 30 anos. Já na terceira idade, níveis baixos de testosterona podem configurar a chamada andropausa, que vem acompanhada de desânimo, fraqueza muscular e disfunção erétil.
Serotonina
Está presente no intestino e no cérebro – onde transfere sinais de um neurônio para outro. Atua, principalmente, no controle do humor, sendo a sua carência associada a crises de ansiedade, depressão, irritabilidade e até compulsão por doces. Nos homens que sofrem com ejaculaçãp precoce, por exemplo, o sintoma pode ser justamente resultado de alterações na produção de serotonina. Segundo um estudo da Universidade Ultrecht, na Alemanha, homens com o problema apresentavam serotonina menos ativa na parte do cérebro responsável pelo controle da ejaculação.
Tiroxina 4
Fabricada pela glândula tiróide, a tiroxina controla funções metabólicas em todo o corpo: do intestino, passando pelo sistema nervoso central e aparelho reprodutor. Quando em excesso (hipertiroidismo) causa nervosismo, palpitações, insônia, emagrecimento e diarréia. Em queda (hipotiroidismo), é sinônimo de desânimo, queda de cabelos, inchaço e constipação. Nos marmanjos, o hipotiroidismo causa ainda o aumento de uma substância chamada ptolactina. Como num efeito dominó, a prolactina prejudica a produção de testosterona, levando à impotência sexual e ao aumento das mamas.
Ocitocina
Produzida pelo hipotálamo, no cérebro, recebeu o apelido de “hormônio do amor” por ter seus níveis turbinados durante os orgasmos masculino e feminino. A substância tabém atua como neuromoduladora na redução da ansiedade e durante interações sociais. Contudo, sua produção pode ser até 2 mil vezes menor nos homens.
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HORMÔNIOS NAS MULHERES
Melatonina
É sabido que a melatonina também influencia no sistema genital e nos receptores do hormônio estrógeno, ajudando a prevenir câncer de mama. Alterações nas taxas desse hormônio, porém, podem levar a distúrbios de ovulação e fertilidade. Seu excesso pode ser sinal de síndrome dos ovários policísticos e tumores no sistema genital, merecendo atenção redobrada.
Testosterona
Apesar de ser conhecido como “hormônio masculino”, a testosterona é fundamental para a saúde sexual da mulher. Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 75% das mulheres que apresentavam disfunção sexual tinham níveis de testosterona baixos. No organismo feminino, a testosterona é produzida nas glândulas adrenal e nos ovários. A quantidade, claro, é menor do que nos homens. A produção excessiva do hormônio pode sinalizar tumor nas glândulas adrenal ou distúrbios ovarianos. Com isso, provoca irregularidade menstrual, aumento de pelos, acnes e de massa muscular.
Tiroxina 4
A ação da tiroxina 4 é a mesma para homens e mulheres. E, assim como acontece com os marmanjos, a queda nas suas taxas também provoca o aumento da substância prolactina. A diferença é que, nas mulheres, o excesso de prolactina leva a alterações no ciclo menstrual e infertilidade.
Ocitocina
Além de ser liberado durante as relações sexuais femininas, o hormônio do amor também atua sobre útero e mamas. Ele é responsável pelas contrações da musculatura na hora do parto e auxilia na produção de leite durante a amamentação.
Serotonina
A serotonina regula o humor das mulheres. Nelas, o neurotransmissor acompanha os níveis de estrógeno. Por exemplo, quando ele cai durante o período pré-menstrual, a serotonina despenca. Esse é um dos motivos da irritabilidade e da compulsão por doces na TPM. É como explicar a maior incidência de depressão nesse público? A resposta pode estar num estudo da Universidade Médica Karolinska (Suécia), que mostrou a atuação diferenciada do hormônio em ambos os sexos. As mulheres têm maior número dos receptores de serotonina mais comuns, porém, têm níveis baixos das proteínas que transportam a substância para as células nervosas.
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COMUM DE DOIS GÊNEROS
Cortisol
Produzido pela glândula adrenal em situações de estresse, o hormônio aumenta a pressão, mobiliza as reservas de glicose (garantindo energia ao corpo), aguça a memória e turbina o sistema imunológico. Nem sempre esse aumento é pontual. Na síndrome de Cusshing a produção é constante e elevada, provocando aumento do peso e lapsos de memória. Já quando baixo, pode provocar cansaço e depressão.
Leptina
Produzido no tecido adiposo (gordura), ele circula pelo corpo até chegar ao cérebro, onde promove a saciedade. Pessoas obesas precisam produzir uma quantidade maior do hormônio para não ter fome. O efeito sanfona está vinculado a este hormônio. Ao emagrecer, as taxas de leptina caem, enquanto a fome aumenta para estimular o ganho de peso.
Grelina
Produzido no estômago durante o jejum, este hormônio desencadeia a sensação de fome. Ele diminui o metabolismo e estimula o estoque de gordura localizada e não nos alimentamos bem. Isso para garantir energia no caso de futuras privações. A grelina influencia a memória, o hormônio do crescimento e o controle das taxas de açúcar do sangue.
Texto LEONARDO VALLE ilustração ISA SANTOS
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